quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

EPD 2014 - VIII Encontro de Práticas Docentes da UFC

Resumo

CURSO DE LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL – LIDANDO BEM COM UMA COLÔNIA DE GÊNEROS INSTRUCIONAIS: “POR DENTRO DO GÊNERO RECEITA”

Leandro Vidal Carneiro
Guilherme Lobo de Andrade
Plácido Ferreira Lima Neto
Alcides Fortunato da Costa Neto
Lenilúcia Bilhar Araújo
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria Ednilza Moreira de Oliveira

RESUMO: Visamos, com este trabalho, apresentar à comunidade acadêmica a experiência vivenciada no “Curso de Leitura e Produção Textual: lidando bem com uma colônia de gêneros instrucionais”. O curso é um projeto do PIBID de Língua Portuguesa e foi realizado nos Liceus do Conjunto Ceará e de Messejana, entre agosto e setembro do ano corrente. Com o intuito de suprir as necessidades de leitura e produção textual dos alunos do primeiro ano do Ensino Médio, foram explorados diversos gêneros textuais que fazem parte de uma colônia de gêneros instrucionais. Para isso, buscou-se o referencial teórico básico em Bathia (2009) ampliado por Moreira (2014) sobre o conceito de colônia de gêneros. Segundo a autora, “na colônia de gêneros, não há, necessariamente, uma interação entre os gêneros que a compõem, como ocorre no caso de um conjunto ou de um sistema de gêneros. Na colônia, um gênero não demanda outro, não há, portanto, uma interdependência entre eles”. É possível, então, depreender que nenhum dos citados gêneros circula socialmente por força da ocorrência do outro. O curso, que teve a gastronomia como temática, funcionou através de intervenções em sala de aula, buscando a participação efetiva dos alunos. Em uma das intervenções, procedemos, junto aos alunos, com a leitura do gênero receita, apresentando as suas características formais e retóricas e suas finalidades, especificando e diferenciando os seus diversos tipos, como, por exemplo, a receita médica e a receita culinária. Com o embasamento teórico referido, identificamos, junto aos alunos, que os dois tipos de receita, embora recebam, em parte, a mesma denominação e apresentem a sequência textual injutiva na sua composição, servem a propósitos comunicativos bastante diferentes e que, por isso, são independentes um do outro, arquitetando-se, cada um, sobre uma estrutura particular. Ainda, por parte dos alunos, deu-se a produção de textos do gênero receita culinária. Consideramos que o curso ministrado foi de grande ajuda para o conhecimento das particularidades de cada gênero da colônia, afim de aprimorar a prática de interpretação e de composição textuais dando relevo ao conhecimento linguístico  e enciclopédico dos alunos.

Palavras-chave: colônia de gêneros; gêneros instrucionais; receita; leitura e produção de textos.


Resumo

DEGUSTEMOS O RITUAL: ESTUDANDO O GÊNERO TEXTUAL SIMPATIA ATRAVÉS DA CULTURA POPULAR CEARENSE E SUAS TRADIÇÕES ALIMENTÍCIAS

 Aleksandra Holanda da Nóbrega
Joelma Moura do Amaral
Larisse Gonçalves do Nascimento

Viviane Vieira de Sobrinho
Lenilúcia Bilhar Araújo
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria Ednilza Oliveira Moreira


As superstições e as crendices têm origem no início da civilização humana, quando os primeiros povos aliavam suas inseguranças aos fenômenos desconhecidos. Histórias baseadas em tradições eram criadas para explicar as coisas diversas, e junto a essas histórias, vieram outros elementos da cultura popular, como as simpatias. Essa, por sua vez, tem como finalidade direcionar alguém a fazer algo que traga algum benefício material ou imaterial, para a pessoa que o pratica ou para alguma outra. As simpatias estão intimamente ligadas à cultura popular, tendo origem campesina e geração empírica. No Ceará, o uso de rituais para afastar enfermidades ou pedir graças a serem alcançadas é muito comum, sendo que muitos deles fazem uso de elementos místicos ligados a ervas e comidas. No presente trabalho trataremos do gênero textual simpatia – de temática alimentação – caracterizado como gênero instrucional. Para isso, buscou-se o referencial teórico básico em Bathia (2009) ampliado por Moreira (2014) sobre o conceito de colônia de gêneros. Segundo a autora, “na colônia de gêneros, não há, necessariamente, uma interação entre os gêneros que a compõem, como ocorre no caso de um conjunto ou de um sistema de gêneros. Na colônia, um gênero não demanda outro, não há, portanto, uma interdependência entre eles”. Procuramos analisar a  origem da simpatia na esfera de circulação e o estilo vocabular. O trabalho com o referido gênero faz parte do projeto do PIBID de Língua Portuguesa da Universidade Federal do Ceará (UFC-Fortaleza), realizado nos Liceus do Conjunto Ceará e de Messejana. O objetivo deste trabalho é fazer com que os alunos do 1º ano do Ensino Médio, participantes do  Curso de Leitura e Produção Textual: lidando bem com uma colônia de gêneros instrucionais, conheçam e valorizem a cultura popular e o folclore nordestino e cearense, a partir da investigação e do uso do gênero simpatia. Foram usados para a investigação os trabalhos de autores cearenses tais como, Juvenal Galeno e Guilherme Studart.

Palavras-chave: gênero textual, simpatia, cultura popular, alimentação, colônia de gêneros.


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