CURSO DE LEITURA
E PRODUÇÃO TEXTUAL – LIDANDO BEM COM UMA COLÔNIA DE GÊNEROS INSTRUCIONAIS: “POR
DENTRO DO GÊNERO RECEITA”
Leandro
Vidal Carneiro
Guilherme
Lobo de Andrade
Plácido
Ferreira Lima Neto
Alcides Fortunato da Costa Neto
Lenilúcia
Bilhar Araújo
Orientadora:
Prof.ª Dr.ª Maria Ednilza Moreira de Oliveira
RESUMO: Visamos, com este trabalho, apresentar
à comunidade acadêmica a experiência vivenciada no “Curso de Leitura e Produção
Textual: lidando bem com uma colônia de gêneros instrucionais”. O curso é um
projeto do PIBID de Língua Portuguesa e foi realizado nos Liceus do Conjunto
Ceará e de Messejana, entre agosto e setembro do ano corrente. Com o intuito de
suprir as necessidades de leitura e produção textual dos alunos do primeiro ano
do Ensino Médio, foram explorados diversos gêneros textuais que fazem parte de
uma colônia de gêneros instrucionais. Para isso, buscou-se o referencial
teórico básico em Bathia (2009) ampliado por Moreira (2014) sobre o conceito de
colônia de gêneros. Segundo a autora, “na colônia de gêneros, não há,
necessariamente, uma interação entre os gêneros que a compõem, como ocorre no
caso de um conjunto ou de um sistema de gêneros. Na colônia, um gênero não
demanda outro, não há, portanto, uma interdependência entre eles”. É possível,
então, depreender que nenhum dos citados gêneros circula socialmente por força
da ocorrência do outro. O curso, que teve a gastronomia como temática,
funcionou através de intervenções em sala de aula, buscando a participação
efetiva dos alunos. Em uma das intervenções, procedemos, junto aos alunos, com
a leitura do gênero receita, apresentando as suas características formais e
retóricas e suas finalidades, especificando e diferenciando os seus diversos
tipos, como, por exemplo, a receita médica e a receita culinária. Com o
embasamento teórico referido, identificamos, junto aos alunos, que os dois
tipos de receita, embora recebam, em parte, a mesma denominação e apresentem a
sequência textual injutiva na sua composição, servem a propósitos comunicativos
bastante diferentes e que, por isso, são independentes um do outro,
arquitetando-se, cada um, sobre uma estrutura particular. Ainda, por parte dos
alunos, deu-se a produção de textos do gênero receita culinária. Consideramos
que o curso ministrado foi de grande ajuda para o conhecimento das
particularidades de cada gênero da colônia, afim de aprimorar a prática de
interpretação e de composição textuais dando relevo ao conhecimento
linguístico e enciclopédico dos alunos.
Palavras-chave: colônia de gêneros; gêneros
instrucionais; receita; leitura e produção de textos.
Resumo
DEGUSTEMOS O RITUAL: ESTUDANDO O GÊNERO TEXTUAL SIMPATIA ATRAVÉS DA CULTURA POPULAR CEARENSE E SUAS TRADIÇÕES ALIMENTÍCIAS
Aleksandra Holanda da Nóbrega
Joelma Moura do Amaral
Larisse Gonçalves do Nascimento
Viviane
Vieira de Sobrinho
Larisse Gonçalves do Nascimento
Lenilúcia Bilhar Araújo
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria Ednilza Oliveira
Moreira
As superstições e as crendices
têm origem no início da civilização humana, quando os primeiros povos aliavam
suas inseguranças aos fenômenos desconhecidos. Histórias baseadas em tradições
eram criadas para explicar as coisas diversas, e junto a essas histórias,
vieram outros elementos da cultura popular, como as simpatias. Essa, por sua
vez, tem como finalidade direcionar alguém a fazer algo que traga algum
benefício material ou imaterial, para a pessoa que o pratica ou para alguma
outra. As simpatias estão intimamente ligadas à cultura popular, tendo origem
campesina e geração empírica. No Ceará, o uso de rituais para afastar enfermidades
ou pedir graças a serem alcançadas é muito comum, sendo que muitos deles fazem
uso de elementos místicos ligados a ervas e comidas. No presente trabalho
trataremos do gênero textual simpatia – de temática alimentação – caracterizado
como gênero instrucional. Para isso, buscou-se o referencial teórico básico em
Bathia (2009) ampliado por Moreira (2014) sobre o conceito de colônia de
gêneros. Segundo a autora, “na colônia de gêneros, não há, necessariamente, uma
interação entre os gêneros que a compõem, como ocorre no caso de um conjunto ou
de um sistema de gêneros. Na colônia, um gênero não demanda outro, não há,
portanto, uma interdependência entre eles”. Procuramos analisar a origem da simpatia na esfera de circulação e o
estilo vocabular. O trabalho com o referido gênero faz parte do projeto do
PIBID de Língua Portuguesa da Universidade Federal do Ceará (UFC-Fortaleza),
realizado nos Liceus do Conjunto Ceará e de Messejana. O objetivo deste
trabalho é fazer com que os alunos do 1º ano do Ensino Médio, participantes do Curso
de Leitura e Produção Textual: lidando bem com uma colônia de gêneros
instrucionais, conheçam e valorizem a cultura popular e o folclore
nordestino e cearense, a partir da investigação e do uso do gênero simpatia.
Foram usados para a investigação os trabalhos de autores cearenses tais como,
Juvenal Galeno e Guilherme Studart.
Palavras-chave:
gênero textual, simpatia, cultura popular, alimentação, colônia de gêneros.
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